segunda-feira, 9 de abril de 2012

As Horas Distantes - Kate Morton - Excertos


"Fui eu que a voltei a encontrar, ajoelhada em frente a uma casa de bonecas pela qual já tínhamos passado. Era alta e escura, assim me recordo,com muitas escadas e um sótão ao longo de toda a casa. Não explicou o que a levara a voltar ali, dizendo somente: "Existem lugares mesmo assim, Edie. Casas verdadeiras com pessoas verdadeiras a viver lá dentro. Consegues imaginar?" Um espasmo no canto dos lábios e prosseguiu, numa recitação melodiosa, suave e lenta: "Paredes antigas que entoam as horas distantes". (pág. 63)

"Percy enroscou-se de lado e levou um ouvido ao chão, escutando tal como o papá lhe mostrara. A família, o seu lar, tinham sido construídos em alicerces de palavras, dissera vezes sem conta: a árvore genealógica ligava-se por meio de frases em vez de ramos. Camadas de pensamentos expressos tinham-se infiltrado na terra dos jardins do castelo de modo que poemas e peças, prosa e tratados políticos sempre lhe segredariam quando ela precisasse. Antepassados que nunca conhecera, que tinham vivido e morrido antes do seu nascimento, deixaram palavras, palavras, palavras que conversavam umas com as outras, com ela, desde o túmulo, por isso nunca se iria sentir sozinha, nunca estaria só." (pág. 251)

3 comentários:

  1. Olá!
    Deixei um desafio para ti no meu blog!
    Boas leituras!

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  2. Também fujo, sempre que possível, para ler... e foi pesquisando sobre mais um livro da Kate Morton que cheguei ao teu BLOG! EStou encantada! Te seguindo. Beijos no coração!

    Gersonita Paula
    http://poemaseavessos.blogspot.com

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  3. Olá Gersonita Paula. Muito obrigada pelo teu comentário. Tenho outro blogue, onde escrevo opiniões e partilho novidades:
    http://planetamarcia.blogs.sapo.pt/
    Visita!
    Beijos e boas leituras!

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