Quem gosta de livros gosta de assistir a lançamentos de
livros. É uma oportunidade de observar autores que admiramos, ter contacto real
com alguém que só nos chega através dos livros. No dia 29 de Janeiro Rosa
Montero apresentou o seu livro “A ridícula ideia de não voltar a ver-te” na
Bertrand do Chiado. Fui vê-la e ouvi-la.
Apenas tinha lido um livro da autora, “Instruções para salvar o mundo”, que adorei e me deixou o desejo de conhecer a sua obra. Uma
mulher surpreendente, cuja escrita já me tinha “feito mossa” (os livros são possivelmente
o único campo em que, alguns de nós, leitores, gostam de levar porrada), chegou
com facilidade ao público que, extasiado, escutou o que há para descobrir em “A
ridícula ideia de não voltar a ver-te”. E, lendo nas entrelinhas das palavras
desta admirável comunicadora, também um pouco do que pode ser o pensamento, as
paixões, o processo criativo de uma escritora fabulosa. E, claro, tudo aquilo
que imaginamos poder ser verdade, ficando naquele limbo da expectativa e da
ingenuidade que eu gosto de preencher com imaginação.
Agarrei-me de imediato ao livro, no metro de regresso a casa,
lendo repetidamente as primeiras frases, pujantes de verdadeiras, duras, como a
morte. Um livro sobre a vida, ao qual me estou a entregar com prazer.
Deixo uma amostra de fotos, pedindo desculpa pela fraca
qualidade, mas apenas para ilustrar a força de quem enfrenta de pé uma sala
cheia, com convicções na ponta da língua, respondendo (ou não) às perguntas sem
vacilar. Admirável.
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