“Os quatro mil volumes
e as cem gravuras que possuo são números inflexíveis. Nunca terei mais, para
evitar a superabundância e a desordem, mas nunca serão os mesmos, pois ir-se-ão
renovando sem cessar, até à minha morte. O que significa que, por cada livro
que acrescento à minha biblioteca, elimino outro, e cada imagem – litografia,
madeira, xilografia, desenho, ponta-seca, mixed media, óleo, aguarela, etc. –
que se integra na minha colecção desaloja a menos favorecida das restantes. Não
lhe escondo que escolher a vítima é árduo e, às vezes, pungente, um dilema hamletiano
que me angustia dias, semanas, e que depois os meus pesadelos reconstroem. Ao
princípio, oferecia os livros e gravuras sacrificados a bibliotecas e museus públicos.
Agora queimo-os; daí a importância da chaminé” (Os Cadernos de Dom Rigoberto - pág.18)
Ora aí está uma solução.... radical! LOL.
ResponderEliminarBeijinhos Márcia.
Assustador...quando chegar aos 4000 livros penso nisso! LOL
ResponderEliminarBeijos.