Pintei as unhas dos pés. Por causa das
sandálias novas.
Enquanto olho para as unhas coloridas a sala
vai ficando composta.
Já não há lugares sentados. O ar fresco
arrepia-me o pescoço nu e as costas mal escondidas.
Começa a música.
Um sorriso cola-se-me na cara cada vez que
vejo um amigo chegar. Sorrio muito porque vieram muitos. Que bom. Os que não
vieram fazem-me falta. Afasto esses pensamentos para engolir o nó na garganta.
Mudo de lugar. Para ouvir. Para falar do que
fiz. Nada preparado nem pensado. A autenticidade pode arruinar-me. Confio no
improviso e na inspiração. Arrisco. Não estou nervosa. Estou feliz.
Mas as emoções, esqueci-me delas, são
arrebatadas pela primeira voz, que sente como eu este estar aqui. O bom de ser
um começo. O medo de ficar só assim. O querer dizer a toda a gente que é isto,
mas a voz tremer do bom que é sentir o que sinto, e não saber dizer como se
quer tanto tudo aquilo em que se pensa.
Palmas e sorrisos e abraços e fotografias e
dedicatórias. Reencontros, novos encontros, e encontro quem já tinha encontrado,
mesmo sem nunca ter estado.
Foi bonita a festa, pá!
Foi mesmo! Parabéns!
ResponderEliminarObrigada por terem ido, foi tão bom ter-vos lá.
ResponderEliminarGostei das palavras, vou gostar de vos ouvir falar de tudo quanto se passou.
ResponderEliminarFizeste falta!
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