domingo, 23 de setembro de 2012

As minhas estantes


Foi com muito prazer que participei na iniciativa “As Minhas Estantes” do blogue Página a Página. Muito obrigada ao Nuno chaves pelo interesse e, acima de tudo, por estas ideias criativas de partilha de tudo o que tem a ver com a paixão dos livros.
Aqui transcrevo o texto que escrevi para ele, e publico apenas uma foto da minha estante favorita – a dos livros por ler, por me fazer sonhar com tudo o que ainda está para vir.
Leiam e vejam todas as fotos aqui, muito bem “encaixadas” no texto pelo Nuno.

As estantes são as casas dos meus livros. Para quem adora ler, e tem verdadeira paixão por livros, é fundamental ter tudo organizado e arrumado.
Quando escolhi as “casas” dos meus livros não me preocupei muito com a estética, confesso que já são umas centenas e preocupei-me em adquirir estantes robustas e que levassem muitos livros, não só a pensar na quantidade atual, mas também a pensar no futuro. E como pensa um viciado em livros? Quero mais! Sempre mais!
Decidi-me pela estante Billy do Ikea, se calhar não devia fazer publicidade mas não me importo. Afinal a estante Billy é a estante por excelência de quem tem muitos livros (e fundos limitados). São simples e há em várias cores, com a possibilidade de escolher alguns acessórios. Decidi-me só pela(s) estante(s), sem portas e/ou luzes. Tenho em três cores diferentes.
Na sala de estar (para admirar os livros enquanto estou no sofá) as estantes são em carvalho. Nestas estantes guardo os livros que já li, ou aqueles que não finalizei (não são muitos mas acontece), ou seja, livros que já me passaram pelas mãos mesmo que não tenha sido uma leitura feliz. Todas as minhas estantes estão organizadas por ordem alfabética de autor, pelo apelido. Mais facilmente retenho o nome do autor do que o título do livro, assim os que são do mesmo autor ficam todos juntos e eu oriento-me com relativa facilidade.
Ainda na sala faço algumas distinções no espaço. Distingo os autores nacionais dos estrangeiros (traduzidos), tenho uma área para livros de viagens e outra para alguns livros de arte e outras coisas que não têm um padrão, como é o caso do livro da Mafalda, que adoro!
No corredor a estante é branca. Nesta estante estão os livros por ler. É neste espaço que me perco a pensar e decidir qual a minha próxima leitura, a sonhar com o que me reservam as centenas de páginas em espera. Adoro esta estante, chego até a sonhar com ela. O método de organização é o mesmo, ordem alfabética de autor, e reservo a prateleira de cima aos autores nacionais.
Tenho gosto em ter um espaço especial para os nossos autores. Adoro a língua portuguesa, poucas há tão ricas e completas de vocabulário. Temos excelentes autores, gente que escreve mesmo muito bem. É a minha pequena homenagem a quem se dedica apaixonadamente às letras no nosso país. Penso que os nossos autores merecem mais apoio e, acima de tudo, merecem mais leitores. Por isso me dá tanto prazer divulgar e ler livros de autores nacionais.
No escritório a estante é em preto-castanho. Apenas um pequeno espaço para livros de saúde e auto-ajuda.
Além das estantes mantenho um registo informático de todos os meus livros, organizado da forma que já referi, e que vou atualizando há medida que a coleção cresce. Cada livro que entra nesta lista tem uma nota “por ler”, uma vez lido é libertado desta nota.
O que tenho ainda não se pode chamar de biblioteca mas confesso que tenho algumas aspirações a isso. Para já é um modesto conjunto de livros, alguns que o passar do tempo faz aumentar a estima, outros com os quais já não me identifico tanto. É mesmo assim, o leitor tem fases e olhando para trás por vezes identifico algumas fases literárias menos positivas. Seja como for todos continuam a ter o seu lugar na estante, dificilmente me desfaço de livros, todos juntos são o meu percurso como leitora, são horas que passei a fazer o que mais gosto, que me diverti, aprendi, cresci.

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