quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Francisca


Hoje é o dia em que chegaste.
Avisaste por sms. Soube o teu nome e o teu peso no telemóvel. E só pude imaginar como serias. A distância é encurtada pela velocidade do envio de imagens e vídeos. Mas nada é igual aos teus braços estendidos quando chego.
Ver-te crescer. Faço-o à distância. E mesmo perto sou distante. Observo e sinto para mim aquilo que os outros te dizem.
Não sei escrever coisas que entendas, mas espero que o tempo te deixe entender as coisas que eu escrevo. Sou o silêncio do que penso sem dizer, quando brinco contigo sem falar, aos jogos inventados por ti para me ganhares.
Mas ouço-te, desde as falinhas de bebé até hoje, em que me contas as histórias das princesas espalhadas no tapete, misturadas com os talheres da cozinha de brincar.
És uma menina grande que não esconde doçura e mimo. Nos teus olhos vejo a alegria que tenho ao meu lado todos os dias. E, por isso, também és um bocadinho minha.
Que o tempo nos dê muito tempo.
Que o teu caminho seja sempre o mais feliz.

2 comentários:

  1. Porra!! Deixares-me assim de olhos aguados... é que não que não está com nada! menina Márcia....
    deixo-te um beijinho e um "silêncio" que sei entenderes.
    Nuno

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