sábado, 24 de novembro de 2012

Original solução de D. Rigoberto para arrumação de livros



“Os quatro mil volumes e as cem gravuras que possuo são números inflexíveis. Nunca terei mais, para evitar a superabundância e a desordem, mas nunca serão os mesmos, pois ir-se-ão renovando sem cessar, até à minha morte. O que significa que, por cada livro que acrescento à minha biblioteca, elimino outro, e cada imagem – litografia, madeira, xilografia, desenho, ponta-seca, mixed media, óleo, aguarela, etc. – que se integra na minha colecção desaloja a menos favorecida das restantes. Não lhe escondo que escolher a vítima é árduo e, às vezes, pungente, um dilema hamletiano que me angustia dias, semanas, e que depois os meus pesadelos reconstroem. Ao princípio, oferecia os livros e gravuras sacrificados a bibliotecas e museus públicos. Agora queimo-os; daí a importância da chaminé” (Os Cadernos de Dom Rigoberto - pág.18)

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